sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

“O Poder do Exemplo”

Podemos aprender conceitos e atitudes através de várias maneiras. Uma delas é por meio da imitação, do exemplo. Isso fica claro quando assistimos o filme Vem dançar, tendo como ator principal Antonio Bandeiras. Ele interpreta Pierre Dulaine, um professor de dança que resolve investir seu tempo, como voluntário, no ensino de dança de salão a jovens violentos de um bairro pobre de Nova York. Numa das cenas, Dulaine está numa sala para falar com a diretora. Enquanto esperava para ser atendido, demonstrou por uma ou duas vezes gentileza para com as pessoas que saíam ou entravam na sala de espera.
Sempre se levantava para abrir gentilmente a porta de saída. Naquela mesma sala, um dos seus futuros alunos o observava. Enquanto Dualine estava sendo atendido pela diretora, o menino, já sozinho na sala de espera, repete o gesto que observara atentamente. Levanta-se e abre gentilmente a porta para uma senhora. Nenhuma palavra Dulaine dirigiu ao menino, apenas o exemplo.
Um dia desses estava lendo II Reis. Procuro ler os livros históricos com uma atenção redobrada. Muitos detalhes nos textos podem passar despercebidos. Um dos textos que me causou impacto está registrado em II Rs. 17. 41, na sua última parte. Diz assim: “Até hoje seus filhos e seus netos continuam a fazer o que os seus antepassados faziam”. O que eles faziam? Lendo os capítulos anteriores, desde o seu início, verificamos que as práticas religiosas não eram as recomendadas por Deus a seu povo. Aquela geração estava imitando os costumes detestáveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas (II Rs. 16. 3). Além disso, oferecia sacrifícios e queimava incenso nos altares idólatras (II Rs. 16. 4).
Mais adiante, em II Reis 17, vemos o triste desfecho. Israel é deportado para a Assíria. Do versículo 7 ao 23 há um relato do quanto Israel havia se afastado de Deus, ao ponto de queimar seus próprios filhos e filhas, além de praticar a feitiçaria (II Rs. 17. 17). Mesmo tendo Deus enviado um sacerdote para lembrar a Israel os mandamentos divinos (II Rs. 17. 28), o povo mantinha a rebelião espiritual. Então o texto é concluído com a frase: “Até hoje seus filhos e seus netos continuam a fazer o que os seus antepassados faziam”. Filhos e netos aprendem a adorar a Deus, ou não, observando os pais e avós. O que estamos ensinando aos nossos filhos e netos? Estamos ensinando, através da prática, o valor da Bíblia e da oração? Estamos vivendo o valor de temer a Deus? Estamos ensinando, através do dia-a-dia, uma religião que deve ser praticada somente aos domingos ou uma religião que não se restringe somente às quatro paredes do templo, mas que é vivenciada todos os dias da semana?
A igreja de amanhã será o espelho do cristianismo que vivemos hoje em nossos lares. Se vivemos em nossos lares o amor para com o próximo, teremos, no futuro, um cristianismo preocupado em fazer o bem aos mais desafortunados. Se vivemos em nossos lares, hoje, a paixão em evangelizar, teremos, amanhã, uma igreja evangelizadora. Se em nossa família, hoje, demonstramos amor para com missões, teremos amanhã uma igreja cada vez mais missionária. O futuro da igreja está em primeiro lugar nos lares. É no lar, no seio da família, que estamos moldando a igreja do amanhã.
Pegue sua Bíblia e leia II Rs. 17. 41 e faça a seguinte pergunta a si mesmo: “O que faço hoje, como pai, mãe, avô ou avó está ajudando ou prejudicando a continuidade da fé cristã na vida de meus filhos e netos?”

“Gilson Bífano”

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